![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjR7tPpNczQ85x8gCsKVJ1DhtXKP88Zbt0PEHV9NwRR4C1hSiNU1b6APqq46r_GhZ_j3b5CNqoXN57EgWeYOi_YfJaCfDevc3jp3ic-GNpUZYTQEcpel2kFEHTTQLQzPrmq-fcNwDGYtc/s400/lovers.jpg)
Os dias decorreram vagarosos, as horas arrastando-se no relógio. Um dia atrás do outro e a saudade a crescer dentro do peito até apertar o coração, o fazer doer. Nunca tinha sequer suposto que o amor fosse isso, essa quase angústia que chega a ser dor. Estava longe de imaginar que amar era necessitar do outro para respirar, para estar vivo. Amo-te tanto, dizia sem falar, tantas vezes quantas as que esbarrava nele. E esbarrava tantas vezes nele. Sentia a ansiedade crescer ao ritmo da contagem decrescente para o reencontro. Perdeu a noção do tempo e do espaço quando, por fim, os seus olhos se cruzaram e se abandonou nos seus braços. O seu corpo parecia ter vontade própria, não era já dona de si. Amo-te tanto, ouviu-o dizer baixinho, a voz trémula de emoção, percebendo então que também ele estava irremediavelmente preso nas teias do amor.
Comentários
Enviar um comentário