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Serei Amor

 

Serei morada
Porto de abrigo
Cais onde ancoras o barco
Âncora no mar revolto
 
Serei casa
Regaço que acolhe
Abraço que conforta
Lar das memórias mais doces
 
Serei refúgio
Lugar seguro
Tempo sem tempo
Abrigo nas tempestades
 
Serei certeza nas horas dúbias
Luz na escuridão
Esperança no desespero
Alegria no descontentamento
 
Serei confidente
Guardiã de todos os teus segredos
Fiel depositária das tuas partilhas
Confessionário dos teus pecados
 
Serei música
Silêncio se o desejares
Frenesim na quietude
Calma na agitação
 
Serei o que quiseres que seja
Sempre e quando o queiras
Serei para ti o que queria fosses para mim
Serei AMOR


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Nem sempre...

Nem sempre razão e coração casam, mas fazem alianças. Nem sempre o amor cura, mas faz verdadeiros milagres. Nem sempre um abraço atenua a dor, mas imprime energia. Nem sempre falar resolve, mas alivia. Nem sempre são firmes os meus passos, mas regem-se pela verticalidade.  Nem sempre são assertivas as minhas palavras, mas refletem a verdade de cada momento.  Nem sempre sou o que esperam de mim, mas o que posso ser para os outros.  Nem sempre dou tudo o que poderia, mas o que sou capaz de oferecer.

Homem do mar

  Chega manhã bem cedo, numa rotina que cumpre religiosamente. Passos arrastados de quem carrega décadas de vida e as mazelas de uma infinidade de pequenos nadas e abalos de maior grandeza. Não estão à vista essas mazelas, fizeram morada por dentro, numa marca indelével que há de levar para a cova. Endireita as costas que teimam em curvar-se, fazendo-se ereto. Ergue os ombros e olha o mar, de frente, qual forcado enfrentando o touro na arena, em jeito de desafio. Conhece-o bem. Aprendeu a conhecê-lo antes sequer de se fazer homem. Sabe das suas manhas, dos seus caprichos, da sua imprevisibilidade. Respeita-o, porque o conhece. Sabe que pode ser traiçoeiro, ah como sabe. Não permite que as más memórias emerjam, antes as quer ocultas nesse negrume que habita em si, que lhe envolve o coração. Desconhece de que matéria é feito, tão pouco sabe que resiliência é a armadura de que se revestiu para sobreviver.