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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2011

Faz de conta

Faz de conta que a brisa que sentes no rosto é os meus lábios em suaves carícias Faz de conta que o cheiro a maresia é o perfume que aromatiza os dias duros e insípidos Faz de conta que as luzes da noite são o clarão que ilumina os caminhos escuros e sinuosos que trilhas Faz de conta que cada passo que dás é o encurtar da distância que nos separa Faz de conta que o silêncio que impera é o bálsamo que te embala num sono profundo Faz que conta que o agasalho que vestes é o meu abraço que te envolve e aquece Faz de conta que a beleza ante o teu olhar é o quadro que pedi a Deus para pintar para ti Fotografia: João Octávio Meira Texto: Alda Viana Este post foi publicado em simultâneo em www.esposendeimagens.blogspot.com

Desamor

Arrasto-me cansada das noites que não me trazem o descanso que o meu corpo precisa e a paz que a minha alma pede. As minhas pegadas ficam marcadas na areia, mas rapidamente hão-de desaparecer como se desvaneceu o sentimento que nos unia. Não quero crer que tudo não passou de uma ilusão e que o nós só existiu na minha imaginação. Não posso acreditar que só eu me dei acreditando ser recíproca a paixão. Vejo-te indiferente e pergunto o que fizeste à pessoa que me fez amar, que voou comigo entre cometas e estrelas e me fez acreditar ser imortal. Sinto que uma parte de mim morreu e que jamais voltarei a ter a capacidade de me dar por inteiro.

Querer

Não sei se sei, mas acredito saber que a vontade, por si só, não basta para alcançar o que pretendemos. O sonho jamais se transformará em realidade se agarrada ao desejo não estiver uma grande vontade de concretização. Querer é fundamental e é, sem sombra de dúvida, o primeiro passo para atingirmos os nossos objectivos, sejam eles quais forem. Mas importante mesmo é fazer as coisas acontecerem. Empreender é ousar, é definir objectivos, delinear estratégias e arriscar, com determinação, optimismo e muita vontade de vencer.

Segundas oportunidades

Gosto de pensar que há sempre segundas oportunidades. É como manter acesa uma chama que, enquanto arder, mantém viva a esperança. Às vezes cometemos erros. Outras vezes estivemos a um passo de alcançar o que pretendíamos. Esperar uma segunda oportunidade é, pois, legítimo. É manter a expectativa que nos alenta. É manter vivo o desejo que nos anima. Gosto de pensar que há segundas oportunidades. Afinal, ainda há tanto para fazer.

Dissipam-se os dias

Dissipam-se os dias qual contas do rosário desfiadas numa reza corrida como quem tem pressa de ver atendida a sua prece. Rodam implacavelmente os ponteiros do relógio transformando o presente em passado depressa demais. Repetem-se os dias, as rotinas, os gestos, hoje como ontem, quase sempre iguais. Pergunta-se ao tempo porque foge pedindo-lhe que volte para trás. Outrora longa, a estrada vai-se fazendo cada vez mais curta, sinal de que há cada vez menos caminho para percorrer. A todo o momento a viagem pode terminar, sem aviso prévio, e é sempre curta, por mais anos que tenham passado. Fica sempre algo por viver, por fazer, por dizer… A intensidade das coisas não se mede pelas palavras que são ditas, mas pela forma como são sentidas e vividas. Como expressar por palavras a dor de perder alguém, o nascimento de um filho? Como explicar a sensação de voar sem tirar os pés do chão, tocar as nuvens sem lhes pôr a mão? Dissipam-se os dias que hão-de dar lugar a outros, igualmente escassos e

Amar

Amar é estar preso sem se sentir preso.