Sorriso largo, como portas escancaradas a
desafiar quem passa a entrar. Olhar expressivo, registando cada movimento, qual
câmara de vigilância captando imagens. Braço estendido, a mão aberta. De tão
repetido, o gesto, por si só, já não prende a atenção de ninguém. Porém, o quadro, no seu todo, impressiona, confunde quem passa. Algo parece fora do lugar. Alguma
coisa não combina. Talvez o sorriso. Ou o olhar. A mão estendida de quem pede não
condiz com um rosto iluminado por um sorriso a transbordar esperança.
Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR
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