Não tenho
resposta para todas as tuas perguntas. Não sei explicar porque temos dias em
que tudo sobra e, em oposição, outros em que tudo falta. Porque é que o
trajecto não se faz sempre por linha recta, sem desvios, percalços, quedas e até
trambolhões. Porque se entranha o grão de areia na engrenagem obrigando-nos a aplicar
um esforço maior para seguir em frente. Porque nos alegra um dia resplandecente
e nos deprimem os dias de chuva. Porque somos capazes de resistir às maiores
adversidades nuns dias e sucumbir ao primeiro revés noutros. Porque somos
sensíveis em determinados momentos e extremamente indiferentes noutros. Porque
nos custa tanto sorrir quando noutras ocasiões à mínima nos perdemos a rir. Sobram as
questões, faltam as respostas.
Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR
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