A gargalhada,
espontânea e escandalosamente sonora, ecoou na noite, quebrando o silêncio da
rua. Obrigaram-se a engolir o riso, em respeito para com os que, nos seus
aconchegos, retemperavam energias de mais um dia de trabalho. Caminhavam
abraçados, muito juntos, tremendamente cúmplices. Sempre fora assim, desde o
momento em que os seus caminhos se cruzaram. Como se estivessem destinados um ao
outro, almas gémeas que, por fim, se encontram. O destino unira-os e não os iria separar. Selou um beijo no seu rosto e chamou-lhe princesa.
Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR
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