Foi fugaz,
porém tão forte e intenso. Apanhou-nos de surpresa, enredou-nos na sua teia.
Amarrou-nos em laços, prendendo-nos sem que disso déssemos conta. Lançou-nos
num redemoinho, elevou-nos ao mais alto dos céus. Caminhamos sem sentir o chão,
tocamos estrelas, agarramos a lua, beijamos o sol. Não o tivesse vivido e diria
que foi um sonho.
Quando o silêncio é tão estrondosamente ruidoso retumba no peito e agita a mente. Não se ouve, contudo, grita. É avassalador. Assume o poder das mais duras palavras, é eco de uma multidão. É poderoso, porque domina, torna refém. Não permite refúgios nem evasões. É inteiro, porquanto preenche, toma todas as dimensões. Mil vezes os gritos. Tal silêncio não traz serenidade nem acalma. Mata.
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