E, então, quando pensas que tens tudo sob
controlo, vem uma onda e arrasta-te, sem sequer te dar tempo para reagires. Já
só te dás conta da tempestade quando derivas no alto mar, fustigado pela forte
ondulação e sem vislumbrar qualquer porto de abrigo. De nada vale gritares
porque não te farás ouvir. Contudo, gritas, gritas até estares esgotado. E eis
que vês a luz, a luz que nunca deixou de estar presente, mas que não vias
porque estavas cego pelo desespero. Consegues ver claro agora, as ondas
amainaram e as águas são calmas. A tempestade passou. Venceste-a. Lembra-te,
porém, que as tempestades surgem quando menos as esperas.
Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR
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