Ouves o
mar? Está triste, não sentes? Parece que chora, soluçando a sua mágoa. Às vezes
está zangado, bate com violência nas rochas, como se descarregasse raiva
acumulada, castigando quem ousar fazer-lhe frente. Muitas vezes está feliz.
Sei-o quando o vejo sereno, sem ondas, rebolando com a areia em ternas
brincadeiras. É de humores o mar. Tem dias.
Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR
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