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Regresso ao passado



Regresso, amiúde, ao passado. Quando a ausência faz doer entrego-me aos pensamentos, mergulho na emoção de dias felizes e deixo-me envolver por doces recordações. Nessa espécie de viagem virtual (re)vivo esse tempo em que o futuro não era mais do que um horizonte longínquo.
Mas o tempo, esse supremo traidor, corre, pula e avança como se tivesse pressa de chegar a algum lado. Como quem derruba peças de um dominó, abrevia as horas, os dias, os anos, tornando cada vez mais extenso o caminho percorrido e cada vez mais diminuto o percurso a trilhar.
Não tinha a noção do finito. Fui esbarrando nessa incontornável realidade, ao longo do tempo. São já tantos os embates! As marcas ficam no coração e na alma. Regresso, por isso, muitas vezes ao passado. Para trazer ao presente quem se foi, para apaziguar a dor e a saudade.  


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Serei Amor

  Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto   Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces   Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades   Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento   Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados   Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação   Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR

Nem sempre...

Nem sempre razão e coração casam, mas fazem alianças. Nem sempre o amor cura, mas faz verdadeiros milagres. Nem sempre um abraço atenua a dor, mas imprime energia. Nem sempre falar resolve, mas alivia. Nem sempre são firmes os meus passos, mas regem-se pela verticalidade.  Nem sempre são assertivas as minhas palavras, mas refletem a verdade de cada momento.  Nem sempre sou o que esperam de mim, mas o que posso ser para os outros.  Nem sempre dou tudo o que poderia, mas o que sou capaz de oferecer.

Vida

Há dias maus e há dias muito maus. E depois há os outros, os verdadeiramente muito maus, a que, caso tivéssemos escolha, nos furtaríamos. São um verdadeiro murro no estômago, que nos atiram “borda fora”, que nos roubam o chão. Que fazem doer. Porém, há os dias bons e os dias muito bons. E depois há os dias excecionalmente esplêndidos. Verdadeiramente felizes. Energia positiva que alimenta o corpo e a alma. Que aquece o coração. Ambos, os dias bons e os dias maus, deixam marca, acentuada ou mais ténue. São memórias que carregamos, e que, a espaços, regressam, ainda que não as convoquemos. São memorandos, páginas de um livro que se vai avolumando de uma história cujo desfecho desconhecemos.