A saudade mora no meu coração. Assentou morada no dia em se fez física a tua ausência. É como um órgão extra que o meu corpo acolheu. Vive em mim. Desde que acordo até que me deito tenho permanente consciência dela. Às vezes afaga-me o coração como um sopro leve, uma carícia suave, um sorriso caloroso, um abraço confortante. É uma saudade apaziguadora, que traz à memória tanto do bom que partilhamos. Outras vezes é um aperto no coração, uma dor dilacerante, uma nuvem a cobrir o sol. Obrigo-me a levantar do chão e a procurar a luz. A saudade continuará a morar no meu coração enquanto a memória existir.
Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR
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