Diz-me por
onde ir porque já não enxergo o caminho. Sê o meu farol, indica-me a direção. Orienta-me
por este tortuoso trajeto para que eu não tropece. Faltam-me as forças, mas,
sobretudo, falta-me o ânimo. Sinto que me abandonaste entregue à minha própria
sorte. Não tenho dado pela tua presença, preciso de um sinal. Mostra-me que
estás comigo, porque ao olhar para trás só vejo as minhas pegadas. Não te peço
que me carregues ao colo, mas que me ajudes a carregar a cruz, porque é
demasiado pesada para mim.
Quando o silêncio é tão estrondosamente ruidoso retumba no peito e agita a mente. Não se ouve, contudo, grita. É avassalador. Assume o poder das mais duras palavras, é eco de uma multidão. É poderoso, porque domina, torna refém. Não permite refúgios nem evasões. É inteiro, porquanto preenche, toma todas as dimensões. Mil vezes os gritos. Tal silêncio não traz serenidade nem acalma. Mata.
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