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Atitudes


Eu amo-te muito. Dita em tom de brincadeira por alguém que tem sempre uma piada pronta a sacar da algibeira, mesmo nos momentos mais imprevisíveis, a frase teve por contexto o sismo no Haiti, cuja real dimensão não é ainda conhecida, mas que, é certo, atingirá dimensões devastadoras. No mesmo registo, explicou-me que caso ocorresse na nossa realidade uma qualquer catástrofe natural gostava que as pessoas de quem gosta soubessem do sentimento que nutre por elas. Rimos, naturalmente felizes, porque temos ao nosso lado aqueles que amamos. A verdade é que, por força do ritmo mais ou menos frenético das nossas vidas ou da rotina que comodamente se instalou, esquecemo-nos de dizer às pessoas das nossas vidas o quanto as amamos e o quanto são importantes para nós. Beijos e abraços que não se dão, carinhos que não se trocam, palavras que não se dizem... A vida é efémera. Merece a pena ser vivida em toda a sua plenitude.

Comentários

  1. amo-te mesmo muito. e amo o que escreves. porque se sente genuíno, porque espero que aqui, entre palavras, consigas fazer soprar um pouco da força incontrolável que insistes em guardar dentro do peito.

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Serei Amor

  Serei morada Porto de abrigo Cais onde ancoras o barco Âncora no mar revolto   Serei casa Regaço que acolhe Abraço que conforta Lar das memórias mais doces   Serei refúgio Lugar seguro Tempo sem tempo Abrigo nas tempestades   Serei certeza nas horas dúbias Luz na escuridão Esperança no desespero Alegria no descontentamento   Serei confidente Guardiã de todos os teus segredos Fiel depositária das tuas partilhas Confessionário dos teus pecados   Serei música Silêncio se o desejares Frenesim na quietude Calma na agitação   Serei o que quiseres que seja Sempre e quando o queiras Serei para ti o que queria fosses para mim Serei AMOR

Nem sempre...

Nem sempre razão e coração casam, mas fazem alianças. Nem sempre o amor cura, mas faz verdadeiros milagres. Nem sempre um abraço atenua a dor, mas imprime energia. Nem sempre falar resolve, mas alivia. Nem sempre são firmes os meus passos, mas regem-se pela verticalidade.  Nem sempre são assertivas as minhas palavras, mas refletem a verdade de cada momento.  Nem sempre sou o que esperam de mim, mas o que posso ser para os outros.  Nem sempre dou tudo o que poderia, mas o que sou capaz de oferecer.

Vida

Há dias maus e há dias muito maus. E depois há os outros, os verdadeiramente muito maus, a que, caso tivéssemos escolha, nos furtaríamos. São um verdadeiro murro no estômago, que nos atiram “borda fora”, que nos roubam o chão. Que fazem doer. Porém, há os dias bons e os dias muito bons. E depois há os dias excecionalmente esplêndidos. Verdadeiramente felizes. Energia positiva que alimenta o corpo e a alma. Que aquece o coração. Ambos, os dias bons e os dias maus, deixam marca, acentuada ou mais ténue. São memórias que carregamos, e que, a espaços, regressam, ainda que não as convoquemos. São memorandos, páginas de um livro que se vai avolumando de uma história cujo desfecho desconhecemos.