Reescreve o guião de uma história a que assistiu na vida real e na tela. Das promessas de amor eterno, da dedicação extrema à rotina que se instala, até à quase indiferença. Conhece de cor o final do filme, onde ela própria foi personagem. Julgava o seu coração adormecido, mas sentiu-o despertar qual flor a desabrochar sob o sol da Primavera. Ei-la de novo de alma aberta, numa alegria adolescente, pronta a desfrutar de fortes e intensas emoções. Com os pés no chão e a cabeça nas nuvens, ela entrega-se na esperança de um happy end.
Quando o silêncio é tão estrondosamente ruidoso retumba no peito e agita a mente. Não se ouve, contudo, grita. É avassalador. Assume o poder das mais duras palavras, é eco de uma multidão. É poderoso, porque domina, torna refém. Não permite refúgios nem evasões. É inteiro, porquanto preenche, toma todas as dimensões. Mil vezes os gritos. Tal silêncio não traz serenidade nem acalma. Mata.
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