Vives preso ao passado e, por isso, não consegues viver o presente nem perspectivar o futuro. Ficaste parado no tempo, num tempo em que foste feliz, em que tinhas sonhos. Hoje, não sonhas mais. Vives como que algemado, numa atitude de resignação, como se nada mais pudesses esperar da vida, numa postura de comiseração que não te leva a lado nenhum. Entregaste-te a uma vida vazia e fechaste-te ao mundo lá fora, alheio ao relógio do tempo. Porque és assim, afinal? Que acontecimento supremo te transformou na pessoa que és hoje? Um desgosto de amor? Um fracasso profissional? Ainda estás a tempo. Estás sempre a tempo de mudar, de inverter o sentido das coisas. Solta as amarras e lança-te à vida. Entrega-te sem medo de errar, de amar ou sofrer. Afinal, é isso que nos faz mais fortes. É erguer depois de uma queda, é enfrentar as adversidades com confiança e determinação e, sobretudo, acreditar, acreditar sempre.
Sempre a vi como o espelho da dor. Dois rudes golpes, a par de todas as outras dores que foi acumulando, mataram-na, ainda que se mantivesse viva. Não é preciso estar na pele do outro para perceber o seu sofrimento, contudo, é impossível medir a mágoa que sufoca o coração e enegrece a alma. Perder um filho, depois o outro. É a morte em vida, seguramente. Resiliência é um eufemismo para quem tem de prosseguir depois de tudo ter acabado. Sobreviver, porque viver é outra coisa.
...Adoro-te, Alda!...Fazes-me bem...Mil beijices da Bel
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