Porque insistes em continuar amarrada quando podes ser livre? Porque te contentas com o mediano quando podes obter a excelência? Porque têm que ser sempre os outros a acreditar em ti primeiro do que tu própria? Falta-te a determinação, a força, a coragem. Continuas a preferir o caminho mais fácil, mais cómodo, mais previsível. Tens receio de arriscar, deixas-te dominar pelo medo e continuas a sonhar. Se, se, se… Não é por aí, sabes muito bem que não é por aí que chegas lá. Se, se, se… Tudo não passa de mera ilusão, de castelos construídos na areia. O sonho comanda a vida, mas o mundo só pula e avança se empreenderes os projectos que desenhaste e partires em busca de novos mundos.
Sempre a vi como o espelho da dor. Dois rudes golpes, a par de todas as outras dores que foi acumulando, mataram-na, ainda que se mantivesse viva. Não é preciso estar na pele do outro para perceber o seu sofrimento, contudo, é impossível medir a mágoa que sufoca o coração e enegrece a alma. Perder um filho, depois o outro. É a morte em vida, seguramente. Resiliência é um eufemismo para quem tem de prosseguir depois de tudo ter acabado. Sobreviver, porque viver é outra coisa.
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